“O mundo é bão Sebastião”, cantarola o barbixa com aspecto rubro do Nando Reis. E tem razão nessa máxima. O mundo é tão “bão” que permite a quebra na balança do merecimento amoroso. Já faz alguns invernos amazônicos de alagação que uma sem-vergonhice me apoquenta o juízo: a capacidade que os abesto-idiotas têm de cativar o bem querer dos justos. Nessa classe dos recebedores do mensalão do amor, pode anotar aí o nome deste figurante de romântico que vos dirige.
Pois então, sou um daqueles que recebe ilegalmente e sem merecimento o sorriso sincero do gostar. Já meti em minhas meias e roupas de baixo a vergonha de amores e cariños que a mim ofertaram. Não, não que eu não valorize. Pelo contrário, tento demonstrar o quanto são momentos fuedas aqueles em que ela me demudava num moleque embasbacado com aqueles zóios de ternura.
Ficou eternizado na minha memória o instante exato em que dei conta que o meu caminhão dos relacionamentos era mirrado por demais para as cargas areias de dedicação, respeito, afeição – entre outras palavras que não costumo usar aqui – que me foram doados com intenções mais vãs e benignas. O momento foi quando ela surrupiou minha camisa do chão com a autoridade de quem sabe o que quer. Vestiu-a e se transformou na pessoa mais dona de mim. Foi mágico, pena que por minutos. Ela havia me presenteado com aquela nudez digna de um traço de Milo Manara, e em troca pediu apenas uma camisa para cobrir sua perfeição, só enquanto pegava um copo com água para minha crônica dor de cabeça.
Não sou o maior filho de mulheres da vida que já passou por aqui. Também já atuei no papel de vítima desses amores não correspondidos à altura. Mas nem de longe uso o meu remorso inútil como pedido de recurso de redução de pena. Porém, só quero aqui dizer ao mi pueblo: Cariño, você é especial para mim.
Pois então, sou um daqueles que recebe ilegalmente e sem merecimento o sorriso sincero do gostar. Já meti em minhas meias e roupas de baixo a vergonha de amores e cariños que a mim ofertaram. Não, não que eu não valorize. Pelo contrário, tento demonstrar o quanto são momentos fuedas aqueles em que ela me demudava num moleque embasbacado com aqueles zóios de ternura.
Ficou eternizado na minha memória o instante exato em que dei conta que o meu caminhão dos relacionamentos era mirrado por demais para as cargas areias de dedicação, respeito, afeição – entre outras palavras que não costumo usar aqui – que me foram doados com intenções mais vãs e benignas. O momento foi quando ela surrupiou minha camisa do chão com a autoridade de quem sabe o que quer. Vestiu-a e se transformou na pessoa mais dona de mim. Foi mágico, pena que por minutos. Ela havia me presenteado com aquela nudez digna de um traço de Milo Manara, e em troca pediu apenas uma camisa para cobrir sua perfeição, só enquanto pegava um copo com água para minha crônica dor de cabeça.
Não sou o maior filho de mulheres da vida que já passou por aqui. Também já atuei no papel de vítima desses amores não correspondidos à altura. Mas nem de longe uso o meu remorso inútil como pedido de recurso de redução de pena. Porém, só quero aqui dizer ao mi pueblo: Cariño, você é especial para mim.
Éééé!!! Nem quero continuar pensando no que pensei.... Oh vida bandida e cruel! =(
ResponderExcluirÉ uma situação fueda. Mas ela existe e o caminho da sinceridade é o melhor. Depois de tudo que passei, prefiro me queimar com a verdade. =)
ResponderExcluiréeee a vida é feitas desses momentos!! e que momentos...nossa viajei nos pensamentos, ai ai
ResponderExcluirHelder, revela aí onde é q tu esconde esse tesouro, esse poço de inspiraçao q tu tem... :P
ResponderExcluirAlém do conteúdo dos seus textos, amo os títulos deles... "A retratação do irretratável" é bárbaro!
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